Influencias africanas no Brasil e na Bahia


  
  Antes de o Brasil ser descoberto por portugueses, viviam aqui os índios. Com a colonização portuguesa a cultura dos índios foi quase destruída e vieram os escravos africanos. Depois, com as imigrações, várias outras pessoas de outros povos e culturas diversificadas vieram para cá.
   O resultado foi que no Brasil ocorreu uma grande miscigenação de culturas e raças, com uma grande presença africana, a qual pode ser percebida principalmente no estado da Bahia em vários aspectos como a religião, culinária, danças e estilos musicais.

Religiões Afro-escendentes

  
Existem no Brasil várias religiões afro-descendentes como o Babaçuê, o Batuque, o Cabula e candomblé. O mais conhecido é o candomblé. Candomblé é uma religião "monoteísta", embora alguns defendam a ideia que são cultuados vários deuses, o deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a Nação Bantu é Nzambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes consideram como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.
   Os orixás para o candomblé são os deuses supremos. Possuem personalidade e habilidades distintas bem como preferências ritualísticas. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento podendo compartilhá-lo com outro orixá caso necessário.
   Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou terreiros que podem ser de linhagem matriarcal quando somente as mulheres podem assumir a liderança, patriarcal quando somente homens podem assumir a liderança ou mista quando homens e mulheres podem assumir a liderança do terreiro. A celebração do ritual é feita pelo pai-de-santo ou mãe-de-santo, que inicia o despacho do Exu. Em ritmo de dança o tambor é tocado e os filhos-de-santo começam a invocar seus orixás para que os incorporem. O ritual tem no mínimo duas horas de duração.
   O candomblé não pode ser igualado à umbanda, pois são diferentes. No candomblé, não há incorporação de espíritos já que os orixás que são incorporados são divindades da natureza enquanto na umbanda as incorporações são feitas através de espíritos encarnados ou desencarnados em médiuns de incorporação. Existem pessoas que praticam o candomblé e a umbanda, mas o fazem em dias, horários e locais diferentes.

Famosos afro-descendentes

"Muitos afro-descendentes são famosos aqui no brasil, como por exemplo:"

                                            

                                                                                                                                                               







 

Pelé – Jogador de futebol muito conhecido. É considerado o rei do futebol.

 

 

 

 

 

Gilberto Gil - cantor.                                            


 







                                                    

Lazaro ramos – Um ator que atuou em várias novelas da globo, como “Cobras e lagartos” e “Duas caras”

A Família Real chega a Salvador!

          Após a partida, os navios da esquadra portuguesa, escoltados pelos ingleses, dispersaram-se devida a uma forte tempestade. Em 5 de dezembro conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a ilha da Madeira.
           As embarcações chegaram à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e, no dia 22, os habitantes de Salvador já puderam avistar os navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, após os navios estarem fundeados, o conde da Ponte (governador da capitania da Bahia à época) foi a bordo do navio Príncipe Real. No dia seguinte, fizeram o mesmo os membros da Câmara.
A comitiva real só desembarcou às cinco horas da tarde do dia 24, em uma grande solenidade.
Em Salvador foi assinado o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_da_corte_portuguesa_para_o_Brasil_%281808-1821%29

Ritmos Africano

        A Kizomba é dos estilos de dança mais populares dos países africanos. Cantada em português ou criolo, é um género musical com um tom romântico misturado com vários ritmos africanos. O estilo dançado de kizomba é também conhecido por ser muito sensual. A kizomba nasceu em Angola, com influências de outros países africanos. É conhecida por ser lenta, insistente, linda, apaixonante, um ritmo sensualíssimo, e ficou conhecido como sendo uma fusão com o semba e com outros ritmos. A kizomba angolana é sentida especialmente nas zonas da comunidade africana como em Lisboa, Porto e arredores onde essas comunidades criaram centros, bares e discotecas com o objectivo de divulgar a kizomba ao país. Ela é agora bastante popular para os brancos, que aderem aos locais africanos em grande numero.

          O Semba é um tipo de música tradicional de Angola. O semba foi criado a partir de uma junção de vários estilos musicais, sendo os três mais importantes o samba (do Brasil), a kizomba (de Angola, que também pode ser comparado com o Zouk) e Kuduro (de Angola). Bonga foi um dos principais artistas que divulgou o semba, tendo mesmo o estilo sido reconhecido como “world music”. A partir do Semba, o artista conseguira abordar um grande número de emoções. São estas características que fizeram do Semba, o primeiro estilo de música africana a ganhar vida e adeptos pelo mundo. A sua versatilidade é evidente na Africa. Nos funerais ou nas grandes festas sociais africanas. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao
som do Semba.

Fonte:http://salsabraga.blogspot.com/2007/09/ritmos-africanos.html

Poema de Castro Alves

 Castro Alves foi um jovem estusiasmado pelas grandes causa da liberdade e da justiça. A campanha contra a escravatura lhe inspirou Vozes d'África (1868) e O Navio Negreiro (1869).
 Ele, como niguém, impingiu os acetos da poesia ao exprimir a dor de todo o continente em Vozes d' África, poema de estilo épico, que pertence ao livro Escravos. O autor, divergindo o indianismo, passou à História como o poeta dos escravos, ao criar poemas abolicionistas como este.

VOZES D'ÁFRICA-1ª parte

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...

Qual Prometeu tu me amarraste um dia
Do deserto na rubra penedia
— Infinito: galé!...
Por abutre — me deste o sol candente,
E a terra de Suez — foi a corrente
Que me ligaste ao pé...

O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino
E morre no areal.
Minha garupa sangra, a dor poreja,
Quando o chicote do simoun dardeja
O teu braço eternal.

Minhas irmãs são belas, são ditosas...
Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
Dos haréns do Sultão.
Ou no dorso dos brancos elefantes
Embala-se coberta de brilhantes
Nas plagas do Hindustão.

Por tenda tem os cimos do Himalaia...
Ganges amoroso beija a praia
Coberta de corais ...
A brisa de Misora o céu inflama;
E ela dorme nos templos do Deus Brama,
— Pagodes colossais...

A Europa é sempre Europa, a gloriosa!...
A mulher deslumbrante e caprichosa,
Rainha e cortesã.
Artista — corta o mármor de Carrara;
Poetisa — tange os hinos de Ferrara,
No glorioso afã!...

Sempre a láurea lhe cabe no litígio...
Ora uma c'roa, ora o barrete frígio
Enflora-lhe a cerviz.
Universo após ela — doudo amante
Segue cativo o passo delirante
Da grande meretriz.

Fonte:http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/v/vozes_d_africa

A influência africana na culinária bahiana.


                                                                  
           A herança da culinária bahiana é predominantemente africana, que emprega o azeite de dendê para colorir e temperar mariscos e peixes, abundantes na costa baiana. A cada esquina encontram-se quitutes, como acarajés, abarás, cocadas e bolinhos de estudante, servidos por baianas trajadas tipicamente.

           Cruzando as águas do atlântico, a culinária africana, herança dos negros trazidos para as terras brasileiras, misturou-se aos temperos e sabores dos indígenas e dos portugueses que cá se encontravam. Das adaptações e recriações dos alimentos e das técnicas culinárias, nasceu a culinária afro-brasileira, feita de improviso, embalada pelos sabores e aromas do Atlântico.

            A mandioca, as ervas e algumas plantas indígenas foram fundamentais para a criação do caruru; o óleo-de-dendê, vindo pelos mares, deu o toque especial ao acarajé e a muitos outros pratos da culinária afro-brasileira, sobretudo, a nascida no Recôncavo Baiano. O cuscuz, originário da África do Norte, foi recriado aos moldes brasileiros, e ganhou um toque açucarado, feito com leite e leite de coco; além, claro, do cuscuz paulista, feito com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes. Estes são apenas alguns exemplos da riqueza de nossa culinária afro-brasileira.